Uma equipe de arqueólogos descobriu um aglomerado de cidades perdidas na floresta amazônica, que abrigava pelo menos 10.000 habitantes há cerca de 2.000 e 2.500 anos. A pesquisa, publicada na revista Science, na quinta-feira (11) revela que o povoado, situado no sopé arborizado dos Andes, no Equador, durou cerca de 1.000 anos.
Os assentamentos foram ocupados pelo povo Upano entre cerca de 500 aC e 600 dC, um período aproximadamente contemporâneo ao Império Romano na Europa;
Edifícios residenciais e cerimoniais erguidos em mais de 6.000 montes de terra eram cercados por campos agrícolas com canais de drenagem.
As estradas tinham 10 metros de largura e se estendiam por 10 a 20 quilômetros.
Cidades perdidas
Segundo arqueólogo Stéphen Rostain, que lidera as investigações no Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, “era um vale perdido de cidades”, disse.
A descoberta desafia a visão tradicional da Amazônia como uma região selvagem intocada, com apenas pequenos grupos de pessoas.
Os assentamentos foram ocupados pelo povo Upano entre cerca de 500 aC e 600 dC, um período aproximadamente contemporâneo ao Império Romano na Europa
Os cientistas também encontraram recentemente evidências de sociedades intrincadas na floresta tropical que antecederam o contato europeu em outras partes da Amazônia, incluindo a Bolívia e o Brasil.
“Sempre houve uma diversidade incrível de pessoas e assentamentos na Amazônia, e não apenas uma forma de viver”, disse Rostain. “Estamos apenas aprendendo mais sobre eles. ”
Os arqueólogos ainda estão trabalhando para entender como as cidades perdidas da Amazônia funcionam.
Eles acreditam que os Upanos eram agricultores sofisticados que cultivavam milho, mandioca e outros produtos. Eles também podem ter sido envolvidos no comércio com outras sociedades da região.
A pesquisa abre novas perspectivas para o estudo da história da Amazônia. Ela sugere que a região era mais complexa e desenvolvida do que foi planejada anteriormente.
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