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Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

Policial

Coach dos bitcoins suspeito de desviar R$ 260 milhões é preso em operação da PF na Grande SP

Segundo a investigação, Rodrigo Reis usava temas religiosos para conquistar os investidores e é fundador da RR Consultoria e Investimentos.

Benê Barbosa
Por Benê Barbosa
Coach dos bitcoins suspeito de desviar R$ 260 milhões é preso em operação da PF na Grande SP
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O empresário e coach em investimentos Rodrigo Reis foi preso nesta quinta-feira (7) em operação da Polícia Federal em Cajamar, na Grande São Paulo. Ele é suspeito de desviar cerca de R$ 260 milhões de 10 mil vítimas que investiam em criptomoedas.

Segundo a Polícia Federal, a operação foi batizada de "Profeta", porque o empresário usava temas religiosos para conquistar os investidores. Só no Instagram ele tem mais de 80 mil seguidores e é fundador da RR Consultoria e Investimentos.

Na internet, a empresa RR Consultoria prometia aos clientes equilíbrio financeiro. A proposta era a seguinte: parte do valor investido pelo cliente seria aplicado em criptomoedas, e o lucro anunciado variava entre 5% e 9% ao mês. Em 2022, clientes da empresa já denunciavam que não viram mais o dinheiro aplicado.

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Nesta quinta, a PF cumpriu no total 10 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva no Rio de Janeiro e nas cidades de Barueri, Guarulhos, Cajamar e Salto, em São Paulo.

A Justiça do Rio de Janeiro também determinou o sequestro de bens dos investigados para recuperar bens e ativos adquiridos a partir dos crimes.

Segundo a PF, os suspeitos articularam uma complexa estrutura empresarial para captar investidores e, em seguida, se apropriarem do dinheiro e enviarem a quantia para o exterior por meio de exchanges (corretoras de criptomoedas).

O empresário passará por audiência de custódia em Jundiaí e, posteriormente, será encaminhado à sede da PF na capital. Ele não será transferido para o Rio de Janeiro.

Os investigados podem responder por: apropriação indevida de valores; negociação de títulos ou valores mobiliários sem registro prévio e sem autorização da autoridade competente; operação de instituição financeira sem a devida autorização; e evasão de divisas, além dos crimes de exercer a atividade de administrador de carteira no mercado de valores mobiliários sem a devida autorização, organização criminosa transnacional, e lavagem de dinheiro por meio de ativo virtual.

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