Iniciativa visa a oferecer uma experiência de atendimento integrada, em que o paciente pode acessar vários exames e consultas de forma centralizada, sem precisar entrar em múltiplas filas ou buscar atendimento em diferentes locais
O Ministério da Saúde instituiu o Programa Mais Acesso a Especialistas com o objetivo de reduzir a fragmentação no atendimento e agilizar o processo de diagnóstico e tratamento, beneficiando diretamente os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio da Portaria nº 3.492/24, a iniciativa visa facilitar o acesso a consultas e exames especializados com menor burocracia, promovendo encaminhamentos realizados pelas equipes de atenção primária e permitindo que os pacientes tenham acesso ágil a esses serviços, especialmente para acelerar exames preventivos e o tratamento de condições como o câncer de mama.
A proposta busca oferecer uma experiência de atendimento integrada, onde os pacientes podem acessar diversos exames e consultas de forma centralizada, evitando múltiplas filas e a necessidade de buscar atendimento em diferentes locais. Além disso, promove a integração dos serviços de Atenção Ambulatorial Especializada com a Atenção Primária à Saúde, garantindo a continuidade do cuidado.
Segundo Thaís Alessa Leite, assessora técnica especializada do Ministério da Saúde, esse atendimento atualmente ocorre de forma fragmentada, o que resulta em um prolongado tempo até a confirmação de diagnósticos, especialmente no caso de câncer, uma vez que as mulheres precisam ser encaminhadas de uma unidade para outra para realização de exames e tratamentos.
A Enfermagem desempenha um papel essencial tanto na atenção primária quanto em serviços especializados. Na atenção primária, esses profissionais interagem inicialmente com os pacientes, oferecendo acolhimento e triagem, além de realizarem os encaminhamentos necessários para consultas e exames. Eles também educam a população sobre a importância da detecção precoce de doenças, como o câncer de mama.
Nos serviços especializados, monitoram a evolução do tratamento, administram medicamentos e oferecem suporte emocional, colaborando com equipes multidisciplinares para desenvolver planos de tratamento individualizados. Assim, a enfermagem é fundamental para a integração entre a atenção primária e os serviços especializados, promovendo uma experiência de atendimento mais coesa e eficaz.
Para Rita de Cássia Borges, de 56 anos, que está em tratamento oncológico no Hospital Regional de Taguatinga, no Distrito Federal, o processo tem sido desafiador. Ela finaliza as sessões de quimioterapia e aguarda cirurgia e sessões de radioterapia. “O tratamento é muito difícil. É uma doença desconhecida. Quando recebi o diagnóstico, chorei muito e entrei em choque. Graças a Deus, procurei atendimento rápido e sou muito bem acompanhada pela equipe do hospital. Agora é ter fé e focar no tratamento,” relata.
Além do atendimento integrado, o programa contempla a construção de 55 novas policlínicas em várias regiões, com infraestrutura moderna para oferecer exames de imagem, consultas de diversas especialidades e pequenos procedimentos. Essas unidades proporcionarão maior celeridade e menor burocracia no encaminhamento de pacientes pela Equipe de Saúde da Família (eSF) e atuarão como centros especializados de reabilitação, com serviços para acompanhamento contínuo, como recuperação de AVC e doenças respiratórias crônicas.
Serão oferecidos exames como ressonância magnética, tomografia, mamografia e eletrocardiograma, além de consultas em áreas essenciais como cardiologia e neurologia. Com essa ampliação, o programa espera atender de forma mais rápida e eficaz as necessidades de milhões de brasileiros, especialmente em áreas onde o acesso à saúde especializada era limitado.
Fonte: Ascom/Cofen, com informações do Ministério da Saúde
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