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Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025

Policial

Comunidade do Rio amanhece com fila de corpos em praça após megaoperação

Operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro deixou saldo de 64 mortos; ainda não há informação sobre se corpos em praça estão na contagem

Benê Barbosa
Por Benê Barbosa
Comunidade do Rio amanhece com fila de corpos em praça após megaoperação
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A Praça da Penha, na zona Norte do Rio de Janeiro, amanheceu com uma fila de corpos estendidos em uma lona na manhã desta quarta-feira (29).

Segundo o ativista Raull Santiago, que está no local, cerca de 50 corpos foram retirados por moradores da região de mata do Complexo da Penha durante a madrugada.

A CNN Brasil já questionou o governo do Rio de Janeiro sobre a situação, mas ainda não houve retorno. Até o momento, os órgãos oficiais não informaram se os corpos retirados da mata já estão na conta do saldo final da operação, que até a noite de ontem (28) era de 64 mortos.

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O que sabemos sobre operação

A Operação Contenção foi uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada nessa terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.

A ação, que mobilizou cerca de 2.500 agentes das forças estaduais de segurança, foi resultado de mais de um ano de investigação conduzida pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SESP) e o Governo do Estado, o objetivo principal era combater a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) e cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes e lideranças criminosas do CV.

Entre os alvos, 30 seriam membros da facção oriundos de outros estados, com destaque para o Pará, que estariam escondidos nessas comunidades.

A Operação Contenção se tornou a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro, totalizando por ora, 64 mortos. O saldo final incluiu 60 suspeitos de crimes e 4 policiais mortos (dois policiais civis e dois policiais militares do Bope).

Além das fatalidades, 81 pessoas foram presas, incluindo Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, que é apontado como o operador financeiro do CV no Complexo da Penha e braço direito do chefe do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, vulgo "Doca" ou "Urso".

A operação resultou na retenção de 93 fuzis, um número que superou os balanços mensais de apreensão dessa arma em quase todos os meses do ano, ficando próximo do recorde histórico.

O dia da operação foi marcado por intensos tiroteios, com drones policiais registrando criminosos fortemente armados fugindo em fila indiana pela mata da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha

Em resposta à atuação policial, criminosos do CV também utilizaram tecnologia, sendo flagrados arremessando bombas em uma comunidade através de um drone. O suporte logístico da polícia incluiu, além dos drones, dois helicópteros, 32 blindados e 12 veículos de demolição.

A megaoperação gerou "caos" na cidade, com escolas municipais e estaduais fechadas, unidades de saúde suspendendo o funcionamento inicial, e linhas de ônibus tendo seus itinerários desviados

FONTE/CRÉDITOS: g1
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