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Domingo, 06 de Outubro de 2024

Política

Confúcio Moura exalta a participação dos atletas brasileiros nas Olimpiadas – e pede prioridade e continuidade às políticas públicas na área do esporte

A fala foi feita na Tribuna do Senado e expôs a contradição entre a abundância de talentos espalhados no País e o esvaziamento da agenda governamental de estímulo àqueles que buscam o alto rendimento

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Por Hoje Amazônia
Confúcio Moura exalta a participação dos atletas brasileiros nas Olimpiadas – e pede prioridade e continuidade às políticas públicas na área do esporte
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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Para marcar o final – e os resultados – dos Jogos Olímpicos de Paris, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) usou a Tribuna do Senado Federal para comentar a participação do Brasil na competição. O parlamentar equilibrou o seu discurso entre a exaltação do talento dos atletas brasileiros e as dificuldades que enfrentam para se manter em nível competitivo. Neste sentido, Confúcio Moura lamentou o recuo nas políticas públicas após 2018.

“As recentes Olimpíadas trouxeram à tona, mais uma vez, a excelência dos nossos atletas, mas também expuseram as lacunas e os desafios que ainda enfrentamos no cenário esportivo mundial. É inegável o orgulho que sentimos ao ver fenômenos como a atleta Rebeca Andrade e outros grandes talentos brasileiros brilhando no palco internacional, merecendo de nós todo o carinho, admiração e nosso emoção. No entanto, também é inegável a frustração pela participação em modalidade como natação, onde o Brasil teve um desempenho triste, abaixo do seu potencial histórico”, afirmou o senador.

Para Confúcio Moura, as expectativas por resultados devem estar conectadas com as políticas públicas em curso no momento das competições e em anos anteriores. “Como podemos esperar resultados diferentes, se o Brasil, em suas escolas públicas e privadas, não dispõe de equipamentos e infraestruturas adequados para o treinamento dos nossos jovens? Não há como prosperar sem esse suporte necessário. O talento existe, mas, sem uma base sólida, ele se dispersa e o que vemos são apenas destaques isolados, fenômenos que surgem, mais por força da vontade individual de cada um desses esportistas que vem, geralmente, das camadas mais pobres da nossa população, que vêm no esporte, um instrumento para superar o ciclo da pobreza em que vivem”, alertou.

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Defensor da educação pública de qualidade, o senador rondoniense prega a junção irrestrita do esporte na política educacional, como forma de produzir formação integral à juventude. “É preciso que o Brasil, de uma vez por todas, priorize o esporte como um pilar essencial do desempenho dos nossos jovens. Mais do que isso, é preciso incluir o esporte no contexto da educação pública para que, de maneira integral e estruturada, possamos desenvolver um projeto esportivo nacional que tenha como base as escolas, onde o esporte seja parte do cotidiano dos alunos, assim como são as disciplinas tradicionais”, sugeriu.

Na avaliação de Confúcio Moura, o protagonismo na cena mundial depende, também, da forma como o Estado trata os seus atletas. A China é um exemplo disso, diz ele. Parte do seu poderio econômico se reflete nos resultados dos jogos olímpicos. “Mesmo assim, fomos o melhor das Américas, só perdemos para o Canadá e para os Estados Unidos. Ganhamos do México, ganhamos do Chile, ganhamos da Colômbia, ganhamos da Argentina assim como de outros países da América”, informou Confúcio Moura.

No entanto, o parlamentar acredita que as políticas públicas não devem ser aceleradas apenas no ano dos grandes eventos, e sim ser uma agenda permanente dos governos, nas três esferas, sem redução de verbas ou contigenciamento. “Queríamos mais em Paris. E a gente pode muito mais, nós temos condição de fazer muito mais. Somos um país muito grande, muito diverso. Os atletas estão lá nas nossas comunidades pobres. Eles e elas vêm de lá, descem o morro, descem dos bairros periféricos e vêm para os treinamentos. Ali eles se expõem, eles se oferecem. Precisamos acolhê-los e oferecer condições para que cresçam, realizem seus sonhos – e os nossos, por extensão”, concluiu o senador.

 

 

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