A Comissão Nacional de Enfermagem Forense do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) realizou, nesta quarta-feira (6/3), o Curso de sensibilização para enfermeiros acerca da “Enfermagem Forense”. O evento, organizado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR), contou com transmissão on-line por meio da multiplataforma CofenPlay. Integrantes do grupo comandaram palestras e abordaram pontos cruciais para a atuação de enfermeiras e enfermeiros no campo.
Pela manhã, o coordenador da comissão Antônio Coutinho apresentou a palestra “Avanços na Enfermagem Forense”, seguido da também integrante do grupo Carmela Alencar, que comandou uma apresentação sobre Enfermagem Forense e a cadeia de custódia. Durante a abertura do curso, foi realizada a posse da Comissão Estadual de Enfermagem Forense do Coren-PR. “Pudemos ouvir relatos dos presentes sobre o anseio em realizarem essa especialização. Acreditamos que estamos criando em todo país novas perspectivas para a Enfermagem por ser uma área importante no auxílio às pessoas vítimas de violência”, frisou Coutinho.
À tarde, Alan Dionísio, membro da comissão, proferiu a palestra “Ética, protocolos e fotografia forense”. “É necessário que tenhamos um olhar forense, justamente por sermos os primeiros profissionais a ter contato com as vítimas. Essa visão aguçada é fundamental para que possamos executar uma assistência integral, que vai além da identificação das marcas da violência. Precisamos compreender que muitas vezes o agressor está ao lado da vítima, e por esta razão ela não é capaz de se expressar”, ressaltou.
Zenaide Kembeis, também integrante da comissão, comandou a palestra “Maus tratos, traumas e outras formas de violência e estrangulamento não fatal e simulação”. Finalizando a programação, Adriano Araújo apresentou a palestra “Enfermagem Forense e seus avanços no Distrito Federal”.
Regulamentação – A Enfermagem forense é uma especialidade reconhecida no Brasil desde o estabelecimento da Resolução Cofen 389/2011, estando regulamentada pelas Resoluções Cofen 556/2017 e 700/2022, que tratam das competências gerais e específicas na área da Enfermagem Forense e da atuação do enfermeiro no âmbito do atendimento às vítimas de violência.
O enfermeiro forense tem visão para promover e fazer avançar a atuação da Enfermagem no contexto da violência e do abuso, trabalhando na prevenção, na identificação e nos cuidados. A especialidade também permite contribuir com melhorias para a prática da educação e das políticas públicas.
Fonte: Ascom - Cofen
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