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Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025

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Empresa “maquiou” e revendeu carne estragada do RS como produto nobre do Uruguai, diz polícia

Carnes teriam ficadas submersas durante as chuvas históricas do Rio Grande do Sul

Benê Barbosa
Por Benê Barbosa
Empresa “maquiou” e revendeu carne estragada do RS como produto nobre do Uruguai, diz polícia
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A investigação sobre o caso das toneladas de carnes que ficaram submersas durante a enchente histórica do Rio Grande do Sul aponta que a empresa Tem Di Tudo Salvados vendeu peças estragadas como se fossem nobres e vindas do Uruguai. As informações são do g1.

A empresa localizada em Três Rios (RJ) repassou as carnes para o mesmo frigorífico que vendeu as 800 toneladas do material podre — que deveria ter sido transformado em ração animal. Essa carne foi lavada para retirar os resíduos de lama e depositada em caixas que simulam marca uruguaia, de acordo com a Delegacia do Consumidor (Decon-RJ).

A carne foi vendida como própria para consumo e quatro pessoas foram presas. As investigações começaram depois que a empresa que realizou a venda procurou a polícia para relatar que comprou a carne estragada de volta como se estivesse boa.

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Segundo a polícia, a peça em questão foi vendida para um frigorífico de Nova Iguaçu, que revendeu para empresas de Minas Gerais. A carne acabou sendo oferecida de volta para o produtor de Canoas (RS), por coincidência, onde tinha ficado meses debaixo d’água.

O produto chegou ao Rio Grande do Sul com aspecto de podre. Pelos lotes da embalagem, o produtor notou que se tratava do mesmo material.

A polícia tenta encontrar as outras empresas que compraram a carne sem saber de seu conteúdo impróprio. O rastreio é feito através de notas fiscais apreendidas. A polícia também encontrou centenas de caixas de medicamentos e teste de Covid vencidos, além de cigarros e produtos de beleza.

A Tem Di Tudo é autorizada a fazer o reaproveitamento de produtos vencidos. A empresa alegou aos produtores gaúchos que a mercadoria seria transformada em ração animal. Mas a Decon-RJ apurou que pacotes de carnes foram postos à venda para açougues de todo o país.

“Até onde a gente sabe pelas investigações, a carne foi transportada para diversos outros compradores que não sabiam da procedência. Foram 32 carretas que saíram do Sul para diversos destinos do Brasil”, afirmou o delegado Wellington Vieira.

 

 

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