Foto: Ivan Storti/Santos FC / Jogada10
No dia 20 de março, Robinho deve descobrir após o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) se vai cumprir pena no Brasil. Na justiça italiana, o jogador já foi condenado a cumprir a pena de nove anos por estupro coletivo. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o jogador já deveria estar cumprindo a pena no Brasil. Em entrevista exclusiva ao SBT, o Lula afirmou que estupro é um "crime imperdoável".
O presidente reforçou que todas as pessoas que cometem crime de estupro devem ser presas. "A pessoa precisa aprender que a relação sexual não é apenas o desejo de uma parte, é a concórdia das partes", afirmou. Ele relembrou que Robinho participou de um estupro coletivo, mas achou que não cometeu crime, além de culpar a bebida. "Cria vergonha, sabe?", enfatizou Lula.
Condenado em todas as instâncias na Itália, o julgamento de Robinho no Brasil será realizado pela Corte Especial do STJ e foi marcado poucos dias depois da condenação do ex-jogador Daniel Alves. O relator da ação é o ministro Francisco Falcão. No tribunal, 15 dos 33 ministros com maior tempo de atuação no local vão votar a favor ou contra o cumprimento da pena no País.
O julgamento, aberto à imprensa, será transmitido no canal do tribunal no YouTube. Existe a possibilidade da sessão não terminar no dia 20, caso algum dos ministros peça mais tempo para examinar o tema. Vale lembrar que a execução de sentença estrangeira está prevista na Constituição Federal, ou seja, é um procedimento comum. O papel do STJ é examinar aspectos formais da sentença, sem reexaminar o caso em si. Eles devem analisar se quem proferiu a sentença na Itália é competente, se a tradução foi feita dentro das diretrizes consulares e se não há mais recursos.
Relembre o caso
Robinho estuprou uma mulher albanesa com mais cinco homens em uma boate em Milão, em 22 de janeiro de 2013, na época em que atuava pelo Milan. A vítima comemorava seu aniversário no dia. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017, já os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato virou alvo de outro processo. Em 2023, gravações utilizadas pela Justiça da Itália na sentença foram divulgadas
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