A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11) a nova estratégia de Saúde da Família. Com a meta já estabelecida de implementar 2.360 equipes de saúde da família por ano até 2026, Nísia destacou a Enfermagem como um dos pilares desta política de eliminar o que chamou de “vazios assistenciais”.
“Sabemos que a saúde da família envolve ainda os profissionais de enfermagem, os agentes comunitários de saúde, os agentes de endemias e as equipes do Brasil Sorridente”, elencou.
Nesta mesma coletiva, o Ministério da Saúde discorreu em detalhes como será o processo de reestruturação da Estratégia de Saúde da Família. Entre as mudanças, será implementada uma ferramenta de avaliação do atendimento, conectada com o SUS Digital, num modelo que dá prioridade ao retorno nas visitas domiciliares.
A ideia, de acordo com o governo, é retomar o formato de atendimento no qual o profissional de Saúde, tipicamente de Enfermagem ou agente comunitário, bate de porta em porta para questionar os moradores do domicílio se estão com o cartão de vacinação em dia, verificar a pressão dos eventuais hipertensos e verificar a retirada de medicamentos na farmácia da unidade básica de saúde mais próxima ou no programa Farmácia Popular.
“As visitas também ampliam o vínculo e o acompanhamento territorial, um componente fundamental para o sucesso da Estratégia Saúde da Família. Além disso, uma nova forma de financiamento será um dos pilares da qualidade e indução de boas práticas na reconstrução da ESF [Estratégia de Saúde da Família]”, destacou o ministério.
Nova remuneração – A reestruturação prevê uma nova forma de financiamento como um dos pilares de qualidade do atendimento e indução de boas práticas. No formato anterior, as equipes de saúde da família eram pagas por número de pessoas credenciadas na atenção primária, o que, segundo a pasta, não significa que essas pessoas eram de fato acompanhadas pelas profissionais. “O resultado disso foi sobrecarga para as equipes, dificuldade de acesso e atendimento para a população”.
Com o novo modelo, as equipes de saúde da família podem receber de R$ 24 mil a R$ 30 mil ao longo de 2024 e até R$ 34 mil em 2025, valores acima da média atual de R$ 21 mil. O montante varia de acordo com o número de pessoas acompanhadas por cada equipe, limitado a até 3 mil pessoas. O objetivo é diminuir a sobrecarga das equipes e diminuir os “vazios assistenciais”.
Papel da Enfermagem na Saúde em Família – A ESF estão associadas à redução da mortalidade infantil e melhoria dos indicadores de Saúde das populações e a uma maior efetividade dos sistemas de saúde em todo o planeta. Os profissionais de Enfermagem têm um papel fundamental, tanto na assistência quanto na gestão dos trabalhos. O vínculo com a população reforça o compromisso dos profissionais com os usuários e a comunidade, permitindo o diagnóstico da situação individual, social e epidemiológica, direcionando ações e encaminhamentos.
Fonte: Ascom, com informações da Agência Brasil
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