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Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025

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Morre recém-nascido que foi retirado vivo do próprio velório no Acre

Recém-nascido havido sido declarado natimorto pela maternidade. Ministério Público investiga o caso; bebê estava na UTI, mas não resistiu

Benê Barbosa
Por Benê Barbosa
Morre recém-nascido que foi retirado vivo do próprio velório no Acre
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    O recém-nascido de cinco meses de gestação, dado como natimorto na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, e retirado do próprio velório no sábado, 25, não resistiu. O bebê morreu às 23h15min desse domingo, 26, na mesma maternidade da capital acreana.Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), a morte foi em decorrência de um quadro de choque séptico e sepse neonatal, resultado de infecção generalizada que provocou falência múltipla dos órgãos.AdChoicesPUBLICIDADE

   De acordo com a família, na manhã do último sábado, 25, uma funerária particular chegou a buscar o corpo da criança na maternidade e o levou para o cemitério.Pouco antes do sepultamento, uma parente pediu para abrir o caixão e percebeu que o bebê estava vivo e chorando.O bebê, considerado prematuro extremo, já havia passado cerca de 12 horas fora do hospital.Os pais, vindos do município de Pauiní, no interior do Amazonas, buscaram atendimento médico no Acre na quinta-feira, 23. O parto ocorreu no dia seguinte, 24 de outubro, quando a família foi informada sobre o suposto falecimento da criança.

         Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) afirmou que “todos os protocolos de reanimação foram rigorosamente seguidos pela equipe multiprofissional, e o óbito foi constatado e comunicado à família”.Após o episódio no velório, o bebê foi imediatamente levado de volta à Maternidade Bárbara Heliodora e internado na unidade de tratamento intensivo.         

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Ministério Público cobra esclarecimentosO Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) informou que está atuando para esclarecer todas as circunstâncias do caso, apurar responsabilidades e adotar as medidas cabíveis.Por meio da 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, o órgão oficiou a Sesacre e a Maternidade Bárbara Heliodora, requisitando informações sobre o ocorrido.Nas redes sociais, internautas relataram experiências negativas com o atendimento na maternidade e cobraram uma fiscalização mais rigorosa por parte do MPAC, destacando que situações de descaso não são recentes.

   Leia na íntegra a nota do MACP: O que diz o hospital e a secretaria da SaúdeEm entrevista coletiva concedida na tarde do último sábado, 25, a médica pediatra neonatologista Mariana Collodetti classificou o caso como “uma situação excepcional”.

   “A gente não consegue definir o que pode ter acontecido. Se realmente [o bebê] tinha vitalidade, frequência [cardíaca], se parou e depois voltou”, explicou a profissional.Em nota, a Sesacre afirma que instaurou uma apuração interna “para esclarecer os fatos com total transparência e responsabilidade”. Comunicado divulgando a morte do recém-nascido, as equipes de saúde expressaram “solidariedade e respeito à mãe, ao pai e a todos os familiares, desejando que encontrem conforto e acolhimento diante dessa perda irreparável”Os responsáveis pelo atendimento inicial na maternidade foram afastados “para assegurar a lisura de todo o processo” de apuração do caso.Leia a nota na íntegra a seguir:“A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio da direção da Maternidade Bárbara Heliodora, comunica, com profundo pesar, o falecimento do recém-nascido atendido na unidade (após ter apresentado sinais vitais, depois de declarado óbito), ocorrido às 23h15 de domingo, 26 de outubro, em decorrência de um quadro de choque séptico e sepse neonatal.Neste momento de imensa dor, expressamos nossa solidariedade e respeito à mãe, ao pai e a todos os familiares, desejando que encontrem conforto e acolhimento diante dessa perda irreparável.Todos os esforços possíveis foram realizados para garantir o melhor cuidado e suporte durante todo o período de internação. Reforçamos que, devido à prematuridade extrema do bebê, a transferência para outra unidade não chegou a ser cogitada pela equipe médica, diante do alto risco de agravamento do quadro.O caso está sendo rigorosamente apurado, e a equipe responsável pelo atendimento inicial foi afastada para assegurar a lisura de todo o processo.A Sesacre e a equipe da maternidade lamentam profundamente o desfecho e reafirmam seu compromisso de redobrar o olhar e seguir aprimorando, a cada dia, o cuidado e a atenção humanizada à vida.Simone da Silva PradoDiretora-geral da Maternidade Bárbara HeliodoraPedro Pascoal Duarte Pinheiro ZambonSecretário de Estado de Saúde do Acre.”

https://www.opovo.com.br/

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