“Peçamos a Deus que nos faça compreender bem as palavras do Magnificat. Que Cristo nos conceda esta graça por intercessão da Sua Santa Mãe. Amém.” Martinho Lutero, 1522, comentário sobre o Magnificat.
1.717: A Aparição e o Primeiro Milagre
Era o ano de 1.717 e os pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, a pedido das autoridades, saíram a pescar. Deviam trazer peixes para o governador, o Conde de Assumar. Tentaram a noite toda sem nada conseguir.
Chegando ao Porto de Itaguaçu (do Tupi-Guarani pedra grande), ao lançar a rede, João Alves puxou-a e nela veio o corpo de uma imagem quebrada. Continuou seu trabalho cheio de esperança e, em seguida, veio a cabeça da imagem.
Foi um aviso do Céu. Daquela hora em diante, pescaram muitos peixes. Foi o começo da marvilhosa história de Nossa Senhora Aparecida.
Era uma imagem da Imaculada Conceição que deve ter sido jogada no Rio Paraíba, 200 anos antes de ter sido “pescada”, próximo a Jacareí, onde há uma Igreja Matriz da Imaculada Conceição.
No arraial dos pescadores havia a devoção das rezas ao entardecer. Estando a noite serena, repentinamente se apagaram as duas velas de cera que iluminavam a Senhora Aparecida. Houve espanto entre os devotos. E querendo Dona Silvana da Rocha (mãe do pescador João Alves) acender as velas apagadas, estas se acenderam por si mesmas.
Para muito além das velas, acendeu-se no coração daquele povo simples e fiel, a luz da fé!
O Milagre do Cavaleiro Incrédulo
Residia em Cuiabá/MT, um cavaleiro que, além de não ter fé, era abusado. Costumava zombar dos devotos de Nossa Senhora. Chegou a apostar que era capaz de entrar a cavalo na Igreja e que nada lhe aconteceria por seu ato sacrílego.
Na frente dos devotos, montou em seu cavalo e dirigiu-se a galope para a entrada da Capela da Santa. Diante da Igreja, o cavaleiro puxou as rédeas e usou as esporas, mas o cavalo ficou parado, e não saía dali. A pata do animal prendeu-se na pedra do primeiro degrau da escada, deixando ali, para sempre, as marcas da petulância do cavaleiro. Arrependido, o fazendeiro apeou do cavalo e entrou no templo suplicando perdão.
O Milagre do Pequeno Menino
Em 1862 o menino Marcelino de três anos de idade, brincava ao reder de sua casa que ficava à margem do Rio Paraíba do Sul, em Aparecida. Ao subir o piloto do barco, a criança caiu de ponta-cabeça no rio. Não muito distante, dois pescadores assistiram à cena e gritaram por socorro.
Dona Angélica e sua filha Antônia se ajoelharam pedindo à Virgem Aparecida que acudisse o pequeno Marcelino. O pai logo correu para sua canoa e, remando em desespero, alcançou o filho que já estava distante, na curva do Morro dos Pitas. Agarrou-o pelos cabelos e viu que, milagrosamente, o menino permanecia boiando e sem engolir água do rio.
O Milagre do Escravo Liberto
O escravo Zacarias estava sendo reconduzido à fazenda de onde fugira, em Curitiba/PR. Preso por grossas correntes, ao passar perto do Santuário, Zacarias pediu a seu feitor que o deixasse rezar na porta da Capela da Santa Aparecida.
Recebendo autorização, o escravo se ajoelhou e rezou uma prece sentida. O que teria pedido? Dos seus pedidos não sabemos. Mas sabemos a resposta que a Virgem lhe deu: as correntes milagrosamente se soltaram, deixando-o livre e feliz.
A Virgem Maria saiu das águas para dar aos pequenos e oprimidos o socorro do Céu.
Em 1.888 foi decretada a Lei Áurea e neste mesmo ano, foi concluída a Primeira Basílica a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
A Rainha do Brasil esmagou a cabeça da serpente da escravidão e como sinal dessa vitória, da sua realeza, teve a sua Basílica construída.
A Festa da Coroação
Em 8 de setembro de 1.904, a Virgem Maria foi coroada solenemente. A coroa de ouro e brilhantes e o manto foram doados pela Princesa Isabel, sua grande devota. O evento foi inédito em terras brasileiras. Reuniu em Aparecida cerca de 15.000 pessoas. O povo festeja e aclamava: “Nossa Senhora é Rainha porque é Mãe do Rei Jesus!”
Nossa Senhora apareceu para mostrar que está verdadeiramente conosco, que assume a nossa luta, da mesma forma que assumiu a nossa feição, a cor da nossa pele, aparecendo ao povo pobre, sem instrução, mas cheio de fé.
O Verdadeiro Devoto
Ser devoto de Nossa Senhora Aparecida é tomar a decisão de viver as virtudes de Maria:
Mulher do Silêncio, retirava-se das agitações para escutar a Deus, “guardava todas as coisas em seu coração”
Mulher da Palavra, rezava os Salmos, sua total confiança na providência e misericórdia são as maiores provas de que era mulher apoiada na Palavra
Mulher do Serviço, Maria vai a Isabel não só para ajudas nos afazeres domésticos, mas também para levar a presença de Deus que é cura e restauração
Mulher da Obediência, Maria viveu o “fazei tudo o que Ele vos disser” desde o anúncio de sua gravidez, passando pela crucificação de Jesus, até a vinda do Espírito Santo em Pentecostes.
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