O ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves teceu forte crítica às recentes movimentações políticas que envolvem a chegada de figuras nacionais a Rondônia, com vistas às eleições de 2026. Em declarações veiculadas nas redes sociais e em veículos locais, Chaves questionou as intenções de políticos de fora do estado, que, segundo ele, subestimam a inteligência e a diversidade do eleitorado local. As falas surgem no contexto da transferência do título eleitoral do ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, Cabo Daciolo (sem partido atual), para o município de Porto Velho, sinalizando uma possível candidatura ao Senado Federal.
A polêmica ganha contornos adicionais com os rumores sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que tem intensificado sua agenda em Rondônia. Em 27 de setembro de 2025, Michelle participou de um evento do PL Mulher em Ji-Paraná, onde descartou ambições presidenciais e reforçou o desejo de apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro em 2026, afirmando: “Quero ser primeira-dama”.
No entanto, aliados do PL cogitam seu nome para uma vaga ao Senado Federal, possivelmente pelo estado, explorando sua popularidade junto ao público evangélico e conservador. Embora Michelle não tenha confirmado intenções específicas para Rondônia, sua presença no Norte do país tem alimentado debates sobre uma possível “frente bolsonarista” para 2026, o que Chaves parece incluir em suas críticas aos “políticos de fora”.
Chaves, que governou a capital rondoniense entre 2017 e 2024, não poupou palavras ao comentar o episódio. Em postagem recente, ele afirmou: “essas pessoas acham que nós rondonienses somos bobos”, referindo-se diretamente às pretensões de Daciolo. O ex-prefeito prosseguiu, criticando a visão estereotipada do estado: “eles acham que aqui só tem índio”.
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