O bebê de 1 e 8 meses, filho de Alexandre Araújo Brandão, o “Xuruca”, foi baleado no peito e no tornozelo. O pai era líder do Comando Vermelho no Amazonas e foi executado em Florianópolis na noite de quinta-feira (9) enquanto segurava a criança. A informação é da PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina).
O chefe do Comando Vermelho foi assassinado com o filho nos braços. Xuruca foi surpreendido pelo suspeito, que atirou contra ele em frente ao seu apartamento no Campeche, na região Sul da Ilha. Ele tentou fugir, mas caiu no chão, momento em que foi novamente baleado com o bebê no colo e morreu no local.
A criança foi socorrida e encaminhada ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, em estado gravíssimo, segundo a PMSC, e iria passar ainda nesta sexta-feira (10) por uma cirurgia ortopédica. Não há novas informações sobre seu estado de saúde.
Segundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde), responsável pelo hospital, “o bebê está internado no Hospital Infantil Joana de Gusmão e sendo assistido com todos os recursos necessários para a manutenção de sua vida”.
O suspeito do crime fugiu em um carro vermelho e, até o momento, não foi localizado. A PCSC (Polícia Civil de Santa Catarina) investiga o caso.
Quem é Xuruca, líder do Comando Vermelho do Amazonas
Natural do Amazonas, Xuruca tinha 37 anos e era apontado como um dos líderes do Comando Vermelho no estado, integrando o alto escalão da facção, conhecido como Conselho Permanente.
O chefe da facção estava foragido pelos crimes de homicídio e lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas, de acordo com o delegado da Polícia Federal, Sávio Pinzon. Em janeiro de 2024, ele foi localizado e preso em Florianópolis.
“A investigação identificou o crime de lavagem de dinheiro por meio de movimentações financeiras suspeitas realizadas pelo alvo, que utilizava uma empresa distribuidora de medicamentos para lavar recursos provenientes do tráfico e de outros crimes”, detalhou Pinzon na ocasião.
No momento da prisão, Alexandre estava em posse de quatro armas de fogo. Segundo o delegado, havia indícios de que as pistolas eram utilizadas para a prática de homicídios e o controle do tráfico de drogas em Florianópolis — região que ele passou a comandar após fugir para Santa Catarina.
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