Um ato por anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado do 8 de janeiro e a Jair Bolsonaro (PL), convocado por lideranças graúdas da extrema direita e realizado nesta terça-feira (7), em Brasília, teve um público irrisório e serviu apenas para mostrar que o bolsonarismo está encolhendo de forma muito perceptível na sociedade brasileira.
Alardeado como uma nova "pressão" sobre o Congresso para que algum tipo de perdão seja concedido aos envolvidos nos atos que quase acabaram com a democracia no país, o chamado, que reuniu uma quantidade insignificante de adeptos, apenas demonstrou que o ex-presidente da República condenado a 27 anos e três meses de prisão está cada dia mais sem força política.
Imagens que circulam nas redes sociais, muitas delas compartilhadas por políticos e lideranças extremistas, mostram o descampado em frente à Biblioteca Nacional com uma ocupação mínima, com um pequenino público disperso e uma ligeira aglomeração nos arredores do caminhão de som de onde discursaram alguns bolsonaristas mais inflamados. O próprio senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do antigo ocupante do Palácio do Planalto, colocou na legenda de sua publicação uma espécie de desculpa para o fracasso na adesão à manifestação, alegando tratar-se de "um dia de trabalho normal".
No discurso, a mesma tônica de sempre: divagações sobre "liberdade", menções a condenados pela tentativa de golpe, que seriam "inocentes", e ataques a ministros do STF, integrantes do governo Lula e parlamentares que não embarcam na proposta de aprovar a anistia aos envolvidos e suas lideranças.
Nos últimos meses, cada tentativa do bolsonarismo de organizar novas passeatas e manifestações vem se tornando um problema, seja lá em que cidade for do Brasil. Com um público cada vez menor, as ações, que antes visavam intimidar adversários e mostrar a força da extrema direita, agora servem apenas para confirmar que a popularidade do ex-presidente está em franco declínio
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