O clima no condomínio de Jair Bolsonaro (PL), onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde agosto, desandou após uma confraternização com picanha, vinho e cerveja na última sexta-feira (12). O encontro, realizado para celebrar a condenação dele pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, acabou se transformando em motivo de discórdia entre os vizinhos.
A reunião, que começou restrita à casa de um dos moradores, ganhou repercussão no dia seguinte. Mensagens começaram a espalhar-se no grupo de WhatsApp do condomínio. Um deles escreveu: “Ridículo. Não quero que isso se repita aqui”. Outro reagiu com firmeza: “Não vamos permitir esse tipo de comemoração no condomínio”.
Brincadeira ou provocação?
As críticas não vieram sozinhas. Também apareceram queixas de quem se sentiu deixado de fora: “Chateado por não ter sido chamado para o churrasco”. Houve até quem tentasse amenizar: “Não fiz, mas abri um vinho”. A resposta, no entanto, soou como deboche: “O erro foi não compartilhar”.
À medida que as horas avançavam, o tom das mensagens se intensificou. Um vizinho ameaçou medidas drásticas: “Se continuar assim, vou pedir a exclusão de quem provocou essa situação”. Antes mesmo da sentença, o grupo virtual, criado para tratar de portaria, vagas de garagem e reclamações de barulho, já havia sido palco de disputas políticas.
Entre os apelos por calma, uma tentativa de moderação foi ignorada: “Tá dentro da casa da pessoa, tá em paz. Não incomodando ninguém e nem infringindo nenhuma lei do condomínio. Logo, paz!”.
O administrador do grupo, pressionado, interveio: “Só vi agora essa vergonha que fizeram ontem. Essa é a última vez que aviso. Na próxima, removerei do grupo”. E completou: “Comemorem ou falem o que quiser com seus familiares. Agora, ficar querendo chamar atenção em grupinho de WhatsApp de condomínio? Pelo amor de Deus”.
Comentários: