Entre o anúncio oficial e a primeira manifestação foram 48 horas. Tempo em que o senador Flávio Bolsonaro (PL) anunciou ter o aval do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso e inelegível, para representá-lo na disputa à presidência da República, e a manifestação de que “tem preço” para recuar.
A confirmação de quem herdaria o legado bolsonarista era, e segue sendo, uma das peças mais aguardadas no xadrez da disputa de 2026. Isso porque impacta em negociações nacionais e locais e em todos campos políticos.
“Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho preço para isso. Eu vou negociar. Tem um preço para não ir até o fim”, disse Flávio a jornalista, neste domingo. A manifestação, dessa forma, acaba mantendo a incógnita sobre qual a real motivação da sua pré-candidatura.
Enquanto isso, no sábado, o assunto repercutiu entre os governadores do mesmo campo político no Consud, mas sem grande exaltação. Jorginho Mello (SC) e Claudio Castro (RJ), ambos do PL e como previsto, declaram apoio. Castro foi além e disse que o desafio era dar apoio para “ele chegar forte nas eleições”.
Eduardo Leite (PSD) manteve a posição pelo fim da polarização ou radicalização, mesmo com o anúncio do filho do ex-presidente. Já Ratinho Júnior (PR), correligionário de Leite e também pré-candidato, destacou ser necessário discutir as coligações, citando Flávio.
Governador de SP e cotado para a disputa presidencial, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda não havia se manifestado. A ver.
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