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Domingo, 12 de Outubro de 2025

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'Aqui não é hotel': supervisora de hospital joga roupa de enfermeiras no chão da sala de descanso no DF

Funcionária atua no Hospital de Base de Brasília há menos de dois meses, diz administração. Gestora foi 'orientada' e segue atuando; sindicato pede que ela seja afastada.

Benê Barbosa
Por Benê Barbosa
'Aqui não é hotel': supervisora de hospital joga roupa de enfermeiras no chão da sala de descanso no DF
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Técnicas de enfermagem da UTI do Hospital de Base de Brasília denunciam a conduta de uma supervisora contratada há menos de dois meses.

Imagens obtidas pelo g1 mostram que a supervisora, identificada como Fernanda Melo, jogou no chão os trajes e as roupas de cama das funcionárias, que tinham sido deixadas na sala de descanso.

"Isso é inadmissível. [O chão] contaminado, aí a gente vai deitar? Até as roupas, até as nossas roupas", reclama uma das enfermeiras

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Segundo o Iges-DF – instituto que gerencia o Hospital de Base –, a supervisora foi contratada há menos de dois meses. Ela foi orientada sobre a conduta, mas segue trabalhando na unidade.

Na denúncia feita ao Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), profissionais do hospital falam em "ameaças" e "atitudes abusivas" da supervisora.

A supervisora chegou a usar um grupo de WhatApp para "ameaçar" retirar os itens dos funcionários – que, segundo ela, estariam "marcando camas" no quarto de descanso.

"Todos já marcaram as camas... aqui não é hotel... Edta (sic) proibido marcar camas. Quem marcou faça o favor de tirar tudo agora... Caso contrário, eu mesma vou tirar", diz Fernanda, dando "dez minutos" para os funcionários desocuparem os leitos.

O caso aconteceu no último dia 22, durante o plantão noturno da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

As mensagens e os vídeos foram enviados ao sindicato da categoria, que denunciou o caso à administração do Hospital de Base.

Gestora segue trabalhando

Procurado pelo g1, o Iges informou que está ciente do caso e que está "apurando as informações para tomar as devidas providências".

"A gestora em questão foi devidamente orientada, e as sanções disciplinares cabíveis foram aplicadas. Ressaltamos que a supervisora atuou, no episódio relatado, com a intenção de preservar o bem-estar coletivo dos colaboradores, uma vez que a reserva de camas impacta diretamente no atendimento de outros profissionais que necessitam do espaço", disse o Iges.

Questionado, o Iges não informou quais foram as "sanções disciplinares" aplicadas à coordenadora.

Além disso, informou que a profissional segue "vinculada ao Hospital de Base, desempenhando suas funções sob acompanhamento da gestão".

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