Em meio ao novo aceno a Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), Jair Bolsonaro (PL) estaria reclamando às visitas que tem recebido na mansão onde cumpre prisão domiciliar, em Brasília, que o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está "falando muito" e, assim, o prejudicando nas negociações para tentar evitar que seja transferido definitivamente para o Complexo Presidiário da Papuda.
Bolsonaro está proibido por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter contato com o filho, que foi denunciado pela Polícia Federal (PF), juntamente com Paulo Figueiredo, por coação na conspirata contra o Brasil dos EUA.
No entanto, o ex-presidente já teria enviado recados ao filho para falar menos. Segundo a coluna de Bela Megale, Bolsonaro estuda até mesmo mandar um interlocutor aos EUA para amansar Eduardo, explicando as repercussões negativas do falatório que dispara dos EUA.
Dentro do próprio clã, a opinião já seria consenso. O irmão, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já teria advertido Eduardo sobre a "forma de comunicação", que teria efeito apenas na ala mais radicalizada dos aliados do pai.
Na ala mais moderada do PL, que flerta com PP e União em torno da candidatura de Tarcísio Gomes de Freitas, Eduardo tem se tornado cada dia mais tóxico.
O próprio presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, se distanciou e tem mandado duros recados a Eduardo Bolsonaro. Na última semana, em entrevista à Folha, o cacique do PL afirmou que o filho do ex-presidente só mantém sua força política por causa do pai e, por isso, deveria seguir a orientação paterna sobre os rumos da sucessão presidencial de 2026.
“Ele tem que obedecer porque os votos que ele tem são por causa do pai, não são por causa dele”, disse Valdemar, ao comentar rumores de que Eduardo cogitaria deixar o PL para disputar a Presidência por outro partido. “Não acredito que brigue com o pai dele... Vai ajudar a matar o pai de vez? Porque o que o Bolsonaro está passando... Nossa Senhora.
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