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Terça-feira, 08 de Julho de 2025

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OPINIÃO  - O BRASIL REAL PASSA POR RONDÔNIA, MAS A BURRICE INSISTE EM PARAR NO WHATSAPP

*Por João Guató

Benê Barbosa
Por Benê Barbosa
OPINIÃO  - O BRASIL REAL PASSA POR RONDÔNIA, MAS A BURRICE INSISTE EM PARAR NO WHATSAPP
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Confesso meu espanto: “Lula vai a Rondônia”. Não para pescar tucunaré ou escapar da urucubaca de Brasília, mas para fazer o impensável no Brasil do cinismo: “governar”. Vai entregar hospital universitário, moradia digna, incentivo à agricultura familiar e investimentos em educação. Coisas que, se fossem prometidas por pastor, dariam dízimo dobrado; mas vindas do Estado, causam urticária em quem confunde “inclusão” com “comunismo”.

Os ressentidos, é claro, já estão nos grupos de zap a postos, alertando que “é tudo esmola”. Como se a elite rondoniense, criada à base de anistia fiscal e crédito subsidiado, tivesse erguido o estado com as próprias unhas — e não com os cofres públicos. Hipocrisia de classe média ressentida com diploma de coach.

É impressionante como ainda causa espanto ver o estado ser tratado com seriedade. Rondônia sempre foi o filho esquecido da federação, um anexo amazônico onde os presidentes só pousavam em épocas eleitorais — e olhe lá, se não fosse para inaugurar ponte inacabada ou tirar foto com prefeito da soja.

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Mas eis que vem o presidente e propõe um pacto de reconstrução, não só das obras físicas, mas da autoestima coletiva. Fala em justiça social, em educação valorizada, em agricultura familiar — ou seja, palavras proibidas no dicionário bolsonarista, onde “cidadania” é sinônimo de “ameaça ao agronegócio predatório”.

Enquanto isso, os falsos liberais — aqueles que confundem Adam Smith com Allan dos Santos — torcem o nariz. Preferem helicóptero na fazenda, gado na urna e poste na cabeça. E ainda têm a cara de pau de perguntar onde está o “Brasil que dá certo”.

O Brasil que dá certo é esse. Onde Rondônia deixa de ser apenas linha de fronteira e vira linha de prioridade. Onde o povo ganha hospital, casa, escola — e não só promessa. Onde governar é verbo transitivo direto, sem fake news nem motociata.

Mas claro, não se iludam: a elite ressentida vai continuar vociferando contra a "ditadura da empatia". Porque para eles, justiça social é quando o neto passa em medicina — com ajuda de cursinho caro e pai desembargador.

Lula vai a Rondônia. E, com ele, a possibilidade de um país que ainda insiste em não ser uma piada trágica.

Só falta agora a população entender que progresso não se mede por número de armas compradas, mas pelo número de leitos, livros e lavouras sustentáveis que chegam à mesa.

O resto é retórica de quem prefere ver o Brasil no buraco — desde que seja um buraco privatizado.

*Por João Guató, com um café forte e um tapa na cara da alienação

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