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Domingo, 12 de Outubro de 2025

Ciência & Tecnologia

Zuckerberg brasileiro? Quem é o cearense que criou a 6ª rede social mais baixada do mundo

Startup fundada por Afonso Alcântara chama atenção de big techs e cresce mais rápido que redes estrangeiras

Benê Barbosa
Por Benê Barbosa
Zuckerberg brasileiro? Quem é o cearense que criou a 6ª rede social mais baixada do mundo
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Ele está muito distante do Vale do Silício, mas vem chamando a atenção de big techs por ter criado a primeira rede social genuinamente brasileira com grande alcance.

Afonso Alcântara é natural de Fortaleza, no Ceará, mesma cidade onde criou a Poosting, uma rede social que soma 2,3 milhões de usuários no País e já se tornou a sexta com mais downloads de todo o planeta via sistema Android, desde que entrou no ar, no início deste ano.

Para se ter dimensão do crescimento veloz, a startup, com apenas 9 meses de vida, só está abaixo de Tiktok, Instagram, Facebook, X e Reddit no acirrado segmento social, tendo ultrapassado produtos globais como Tumblr, Bluesky e Truth Social. Isso não significa que ela possui mais usuários que essas três redes, mas evidencia que está mais acelerada em adesões.

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Afonso, de 37 anos, tinha — e ainda tem — uma empresa de marketing digital e desenvolvimento de sites. A ideia de criar uma plataforma social veio a partir de frustrações com os algoritmos que ditam o que recebemos nos nossos feeds atualmente. O dia escolhido para colocar o site no ar (2/1/25) foi uma homenagem à mãe, falecida nesta data, em 2020. Ele mesmo escreveu o código do site — assim como Mark Zuckerberg fez com o Facebook — e o faz até hoje.

"Eu pedia para o porteiro do prédio"

Era um projeto despretensioso, conta Afonso. "No início, eu pedia para o porteiro do prédio e alguns amigos entrarem para aumentar os usuários. Não tinha quase ninguém", relembra, em conversa com esta Coluna.

O susto veio quando 7 mil pessoas criaram perfis em um só dia na rede. A empresa não estava preparada para o salto. Não tinha servidores suficientes. E nem dinheiro.

Mas a expansão rápida logo chamou a atenção do Google, que aportou R$ 1,5 milhão. Um investidor privado, o médico Davi Pontes, injetou mais R$ 6 milhões.

O capital disponível ainda não é suficiente para escalar níveis mais ambiciosos. A empresa sofre as dores de crescimento típicas de startups e busca rodadas mais robustas de investimentos para ganhar musculatura e atrair talentos para a equipe.

Usuários no Brasil e exterior

O potencial, contudo, é grande. A teia de usuários está espalhada por todos os estados, com destaque para São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No exterior, a plataforma atraiu principalmente perfis dos Estados Unidos, Índia e Portugal.

"Os usuários buscam uma experiência mais autêntica, diferente das redes sociais tradicionais. Eles participam ativamente em comunidades, criam e consomem conteúdo em um feed cronológico, interagem com métricas alternativas e se livram dos algoritmos", comenta o fundador.

O desafio, segundo ele, é escalar sem perder a autenticidade: "À medida que a base de usuários cresce, a empresa precisará manter esse espírito, evitando que a plataforma se torne mais uma rede social saturada e impessoal".

"Eu passo o dia inteiro programando. É o tipo de projeto que aparece só uma vez na vida", diz, empolgado.

Afonso leva a comparação com Zuckerberg na brincadeira: "Está muito longe, principalmente na conta bancária".

FONTE/CRÉDITOS: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
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