Rondônia tem 126 mil produtores de leite que, diariamente, fornecem um milhão e cem mil litros do produto in natura para as indústrias de transformação (os laticínios) em todas as regiões do Estado. As relações comerciais entre os produtores e compradores nunca foram amistosas e pioram muito na temporada das chuvas, quando a oferta de leite aumenta e a remuneração oferecida pelas indústrias diminui.
Centenas de médios e pequenos produtores de leite já desistiram de atender laticínios, buscaram formação técnica e agora fabricam queijos artesanais e seus derivados, além de alimentar melhor os bezerros. Para os grandes produtores a situação é mais complicada, sobretudo porque os prejuízos também são bem maiores.
No dia 29 passado o presidente da Comissão de Produtores de Leite de Rondonia, Rui Barbosa de Souza, de Candeias do Jamari, com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia, FAPERON, promoveu uma conferência virtual que reuniu 10 representantes da indústria de laticínios e 79 lideres regionais. O evento foi presidido por Hélio Dias, presidente da FAPERON e na ocasião gerou-se um documento que estabeleceu valor mínimo de referência no valor de 1,60 reais/litro, reposição de 0.40 centavos/litro referente ao mês de março e fixação de pagamento todo dia 20 de cada mês, fazendo constar no rodapé da nota o valor a ser pago no mês subseqüente.
Segundo informações extra oficiais o documento não foi considerado pelo SINDILEITE, entidade que representa as industrias de transformação do leite no Estado de Rondônia e por conta disso a classe produtiva se mobiliza no sentido de suspender o fornecimento na próxima segunda feira. A reportagem continua tentando contato com a diretoria do SINDILEITE.
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