No dia mais importante, até então, de sua história centenária, o Botafogo precisou superar a catimba uruguaia e, com um segundo tempo de almanaque, encaminhou sua primeira final de Libertadores. Com o 5 a 0 sobre o Peñarol na noite desta quarta-feira (23),no Nilton Santos, no Rio de Janeiro, o Glorioso abre vantagem gigantesca para o duelo da volta, que ocorrerá no Campeón Del Siglo, no dia 30/10, em Montevidéu.
Savarino, com dois gols e assistência, foi o maestro alvinegro. Barboza, Luiz Henrique e Igor Jesus, também com ótimas atuações, anotaram os demais gols diante de um time uruguaio entregue no segundo tempo.
Primeiro tempo
O Glorioso custou um pouco a controlar a posse de bola, já que o Peñarol iniciou melhor, levando mais perigo na bola pelo alto e em jogadas de profundidade. Mas o setor defensivo alvinegro soube trabalhar com eficiência. Com o passar dos minutos, os uruguaios, que mudaram o sistema de marcação, avançando quase todo o time, abandonaram as ações de ataque e recuaram. Pela direita, Savarino chamou demais a marcação, o que impediu Luiz Henrique de criar jogadas por ali.
Ao apostar no giro de bola à frente da área adversária em busca de brechas, porém, o time brasileiro viu frustradas suas ações de infiltração. Além disso, os uruguaios partiram para o aspecto psicológico, cavando faltas em excesso e provocando sem cessar na tentativa de fazer o relógio rodar com a bola parada. Somente na reta final da etapa, o Botafogo imprimiu maior volume e, com rapidez nas ações ofensivas, incomodou em arremates de média distância. Na principal delas, Luiz Henrique obrigou o goleiro Aguerre a fazer ótima defesa.
Cadê o árbitro?
Botafogo e Peñarol voltaram do intervalo e se posicionaram em campo, mas o árbitro, não. Assim, os times aguardaram alguns minutos até o retorno do colombiano Andres Rojas.
Segundo tempo de almanaque
Com três gols em oito minutos, o Botafogo liquidou o Peñarol na etapa final. Savarino abriu a porteira para a goleada implacável, aos cinco, quando Luiz Henrique passou entre três defensores para o venezuelano invadir a área e chutar na saída do goleiro Aguerre. O Botafogo soube interpretar o jogo, a começar pelo setor defensivo, que ganhou todas as disputas, em especial com Barboza, que, ainda por cima, anotou o segundo gol alvinegro. Savarino anotou o terceiro. Os demais gols começaram a sair sem dificuldade, e Luiz Henrique e Igor Jesus transformaram o placar em atropelo. Um castigo merecido para os uruguaios, que abdicaram de jogar bola e agora precisarão de um milagre ( extremamente improvável!) no jogo de volta.
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